A NUDEZ DOS MONGES JAINAS DIGAMBARA
Para os jainistas a nudez é uma virtude. Não a nudez exibicionista e vaidosa, mas a nudez natural, aquela que expressa a simplicidade, a igualdade, o desapego, a não ambição. Os monges jainas Digambara por andarem nus são exemplos dessa virtude.
Poder-se ia dizer, por rejeitarem os bens materiais - dinheiro, propriedades, objetos, inclusive roupas para vestir - eles denunciam o quanto nós, pessoas comuns, estamos distantes desta desambição e desprendimento e o quanto nos falta para atingirmos um patamar de sublimidade.
Digambara significa vestido de espaço - vestido de norte, sul, leste, oeste, céu e terra). Mas com isso não queremos dizer que um Digambara se torna um Digambara apenas porque anda nu. Queremos dizer que por ter optado por não proteger seu corpo com panos demonstra sua natureza suave, calma, pacífica; expressa isso em seus atos, palavras e pensamentos - este é o seu comportamento para consigo mesmo e para com os outros.
Um outro nome para Digambara é Nirgrantha. Todo monge Digambara é um Nirgrantha. Nirgrantha quer dizer "livre de amarras", "liberto de apegos". Aquele que se liberta dos apegos não dá chance para que a ira, o orgulho, a maldade, a cobiça, os maus costumes, os pensamentos sexuais contaminem a sua alma. Um Digambara abdica das roupas, mas não só. Abdica, também, da riqueza, de ter dinheiro, uma família, um emprego, uma vida social, conforto, enfim, de todos os objetos que uma pessoa comum acha serem importantes ou imprescindíveis. Ele procura vivenciar a simplicidade, a naturalidade, a inocência, a ausência de desejos - almeja só a libertação. Esse estilo de vida é considerado desejável em muitas religiões. Quase todas as Escrituras religiosas pregam isso. O próprio Siddhartha Gautama - O Buda - confessou que, no princípio de sua senda espiritual vivia nu, vagava com os pés descalços, comia suas refeições nas palmas das mãos e cumpria meditações e austeridades rigorosas. Isso prova que o Buda, também era um Nirgrantha. Porém, mais tarde, ele preferiu abandonar essas práticas e adotar o caminho do meio.
No jainismo diz-se que aqueles que são livres de apegos são por excelência peritos no conhecimento da alma. Os monges Digambara ao dispensar as vestes, ter como posse apenas um espanador e praticar os Mahavratas (ou seja, os cinco grandes votos que são: usar sempre de não violência, abster-se de mentir, não roubar, manter o celibato e renunciar a todos os bens) conquistam um estilo de vida que propicia viverem em função da alma e não do corpo. A não preocupação ou interesse com as coisas mundanas torna-os, completamente, livres para desfrutar o prazer de conhecer quem verdadeiramente são - almas puras.
Um Digambara considera que o corpo físico é a principal causa de todos os males, por isso a sua indiferença por ele. Por causa do corpo - sua manutenção, desejos sexuais, vaidades tolas, ganância por exagerado conforto e bem-estar, etc. - o homem comete uma série de violências - violências contra a natureza e contra seus semelhantes. Todas essas violências um monge Digambara rejeita.
Na verdade, o simples fato de andarem nus dá a esses monges uma motivação à perseverarem em sua vida ascética. O homem comum dá extremo valor a beleza física; isso se dá, principalmente, para que possa dar vazão aos seus caprichos sexuais e apegos mundanos. Abdicando de suas vestes o monge deixa explícito que não se importa com panos, nem outros acessórios que lhe enfeitem o corpo ou mascarem seus defeitos. Abdicando de suas vestes o monge têm a humildade de apresentar a sua anatomia física, sem vaidades, sem competições, sem intenções venais.
Portanto, todos nós temos que ver com reverência aqueles que são a imagem real da ahimsa, da verdade, do celibato e do desapego, não devemos repudia-los, nem criticá-los. Não devemos, principalmente, alimentar pensamentos maliciosos, libidinosos ao vê-los, mesmo porque, a última coisa que eles encarnam ou simbolizam é a luxúria; ou melhor, a última porque o seu desapego e ausência de desejos suplantaram tudo isso.
Poder-se ia dizer, por rejeitarem os bens materiais - dinheiro, propriedades, objetos, inclusive roupas para vestir - eles denunciam o quanto nós, pessoas comuns, estamos distantes desta desambição e desprendimento e o quanto nos falta para atingirmos um patamar de sublimidade.
Digambara significa vestido de espaço - vestido de norte, sul, leste, oeste, céu e terra). Mas com isso não queremos dizer que um Digambara se torna um Digambara apenas porque anda nu. Queremos dizer que por ter optado por não proteger seu corpo com panos demonstra sua natureza suave, calma, pacífica; expressa isso em seus atos, palavras e pensamentos - este é o seu comportamento para consigo mesmo e para com os outros.
monge Muni Pulak sagar Ji
Um outro nome para Digambara é Nirgrantha. Todo monge Digambara é um Nirgrantha. Nirgrantha quer dizer "livre de amarras", "liberto de apegos". Aquele que se liberta dos apegos não dá chance para que a ira, o orgulho, a maldade, a cobiça, os maus costumes, os pensamentos sexuais contaminem a sua alma. Um Digambara abdica das roupas, mas não só. Abdica, também, da riqueza, de ter dinheiro, uma família, um emprego, uma vida social, conforto, enfim, de todos os objetos que uma pessoa comum acha serem importantes ou imprescindíveis. Ele procura vivenciar a simplicidade, a naturalidade, a inocência, a ausência de desejos - almeja só a libertação. Esse estilo de vida é considerado desejável em muitas religiões. Quase todas as Escrituras religiosas pregam isso. O próprio Siddhartha Gautama - O Buda - confessou que, no princípio de sua senda espiritual vivia nu, vagava com os pés descalços, comia suas refeições nas palmas das mãos e cumpria meditações e austeridades rigorosas. Isso prova que o Buda, também era um Nirgrantha. Porém, mais tarde, ele preferiu abandonar essas práticas e adotar o caminho do meio.
No jainismo diz-se que aqueles que são livres de apegos são por excelência peritos no conhecimento da alma. Os monges Digambara ao dispensar as vestes, ter como posse apenas um espanador e praticar os Mahavratas (ou seja, os cinco grandes votos que são: usar sempre de não violência, abster-se de mentir, não roubar, manter o celibato e renunciar a todos os bens) conquistam um estilo de vida que propicia viverem em função da alma e não do corpo. A não preocupação ou interesse com as coisas mundanas torna-os, completamente, livres para desfrutar o prazer de conhecer quem verdadeiramente são - almas puras.
Acharya Marahaj Bharat Bhushan
Na verdade, o simples fato de andarem nus dá a esses monges uma motivação à perseverarem em sua vida ascética. O homem comum dá extremo valor a beleza física; isso se dá, principalmente, para que possa dar vazão aos seus caprichos sexuais e apegos mundanos. Abdicando de suas vestes o monge deixa explícito que não se importa com panos, nem outros acessórios que lhe enfeitem o corpo ou mascarem seus defeitos. Abdicando de suas vestes o monge têm a humildade de apresentar a sua anatomia física, sem vaidades, sem competições, sem intenções venais.
Shri Muni Tarun Sagar Ji
Portanto, todos nós temos que ver com reverência aqueles que são a imagem real da ahimsa, da verdade, do celibato e do desapego, não devemos repudia-los, nem criticá-los. Não devemos, principalmente, alimentar pensamentos maliciosos, libidinosos ao vê-los, mesmo porque, a última coisa que eles encarnam ou simbolizam é a luxúria; ou melhor, a última porque o seu desapego e ausência de desejos suplantaram tudo isso.
Este vídeo mostra cenas de nudez jain. Qualquer reserva sobre este tópico não assista. O monge que aparece neste vídeo é Muni Shri Pranam Sagar Ji.