sábado, 24 de outubro de 2015

ACHARYA TULSI - DA SEITA JAINA SVETAMBARA TERAPANTH


ACHARYA TULSI




Acharya Tulsi nasceu no dia 20 de outubro de 1914, na cidade de Ladnu, no estado indiano de Rajastão e faleceu no dia 23 de junho de 1997. Tulsi foi iniciado na vida monástica com 11 anos de idade. Ele foi um importante líder religioso jaina. Foi autor de mais de cem livros e foi, também o fundador do movimento Anuvrata e do Instituto Bharti Jain Vishva. Pertencia a seita Svetambara Terapanth (Em 1936 foi nomeado pelo Acharya Kalugani para ser seu sucessor fazendo dele o nono Acharya da Terapanth Sangha), mas foi um incansável defensor da unidade jaina, independentemente das diferenças sectárias. Ele propôs uma cooperação harmoniosa entre as várias seitas e como resultado foi criado o Saman Suttam* - um texto compilado das Escrituras e aceito por todos os jainistas.

Saman Suttam - é um texto religioso criado  em 1974 por uma comissão composta por representantes de cada uma das principais seitas do jainismo para reconciliar os ensinamentos da religião. O texto é compreendido de 24  capítulos que abordam os seguintes temas: os princípios essenciais da filosofia jaina, sua doutrina, seu código de ética e processos de avanço espiritual.


Movimento Anuvrata

Em 1949 o Acharya Tulsi  lançou o Movimento Anuvrata (anu = pequeno; vrat = voto) que é uma versão menos rígida dos Mahavratas (os 5 votos dos monges que são não-violência, não-posse ou renúncia de todos os bens, não roubar, não mentir e celibato). O movimento visa o cidadão comum. Incentiva as pessoas a aplicarem os Anuvratas em sua vida diária, tanto em situações pessoais quanto em suas relações interpessoais. O movimento, também, considera que a religião, ou doutrina, não é para garantir a felicidade em vidas futuras, mas, também para alcançar a felicidade na vida presente. O Movimento Anuvrata, após a morte do Acharya Tulsi continuou sob a liderança de seu discípulo Yuvacharya Mahapragya (o décimo Acharya da Terapanth Sangha), falecido em 2010. Atualmente o Movimento segue através do empenho e dedicação do Acharya Mahashraman (o décimo primeiro Acharya da Terapanth Sangha).


Acharya Mahapragya



Acharya Mahashraman


A iniciativa de Acharya Tulsi de criar o Movimento Anuvrat, conforme ele mesmo declarou, foi porque "havia resolvido lançar uma cruzada contra a imoralidade na vida social e dedicar toda a minha vida a causa da não-violência e da unidade de todos os seres humanos". Ele jogou fora o jugo de dogmas sectários e exortou os jainistas a se voluntariarem para uma vida disciplinada de um Anuvrati. Ele disse: "Se um átomo tem em si o poder monstruoso para destruir o mundo, o que foi demonstrado no holocausto, e sem precedentes, em Hiroshima e Nagasaki, eu quero mostrar ao mundo que temos o seu homólogo em Anuvrat - um voto básico -; o único que tem o poder de afastar e combater a ameaça de uma bomba atômica." O apelo teve um efeito favorável sobre os jainistas e muitos aceitaram fazer os votos e, realmente, pô-los em prática. O Movimento  Anuvrat desde então tem crescido como uma figueira poderosa com seus ramos se espalhando em todas as direções.
Anuvrat  significa um voto básico ou um mandamento em que a pessoa se propõe a renunciar a suas deficiências e falhas morais.      


Uma Personalidade Única     

A vida de Acharya Tulsi  é a história de uma alma nobre, um pacificador, um grande expoente da religião do humanismo do século passado. O seu lema era: "O ser humano  é antes de tudo um ser humano. Ele pode pode ser um hindu, um muçulmano, mas depois." Acharya Tulsi acreditava que a excelência do homem reside na sua capacidade de julgar o que é certo e o que é errado. O homem está imbuído de poder discriminatório que lhe permite exercer o autocontrole. Ele tem em si a capacidade de decidir sobre o que deve ser abandonado e ficar com aquilo que acha útil. Sendo assim, ele pode fazer de seu caráter algo sublime. Certa vez pessoas que não conheciam o Acharya Tulsi lhe perguntaram quem era ele. Ele se apresentou com as seguintes palavras: "Em primeiro lugar eu sou um ser humano e, em seguida, um homem religioso. No que diz respeito  a ser um jaina e um chefe de uma seita jaina, eu coloquei essas posições no terceiro e quarto lugares, respectivamente." Para o Acharya Tulsi a seita a que pertencia foi relegada para o quarto lugar.   As pessoas que outorgam o primeiro lugar para a sua seita cobrem apenas a luz da religião com um manto de escuridão.    

O segredo da força e vitalidade de Acharya Tulsi estava em sua personalidade extremamente generosa. De estatura média, tez clara, testa ampla, grandes olhos brilhantes, orelhas longas - esse homem a todos fascinava. De disposição alegre, de uma pureza inata, de um sentimento de equanimidade para com todos, de um sempre sereno estado de espírito - mesmo em meio a oposição hostil - de uma completa ausência de estreiteza paroquial, sectária, racial ou linguística, de uma constante doação de amor espiritual, assim podem ser resumidos seu caráter e sua personalidade. A grandeza de um homem não reside na elevação do cargo que ocupa, mas no impacto que sua vida e obra causam à sociedade. Quando aplicamos este parâmetro para medir a grandeza de alguns personagens que viveram em nosso último século podemos colocar Acharya Tulsi entre os que ocupariam os primeiros lugares - ele, de fato, era uma alma refulgente. A vida de todos os grande homens mostram uma característica comum, ou seja, eles se dedicam a nobre causa do bem-estar humano e trabalham, incansavelmente, para a  realização de seu objetivo final. Sofrem em silêncio no decurso de sua luta para livrar o povo de sua angústia e agonia, que tem como causa a pobreza, o egoísmo, as doenças e o desejo de poder. A história comprova a verdade da crença universal de que grandes homens emergem no cenário do mundo sempre que uma crise ameaça a existência da humanidade. As enciclopédias nos fornecem amplo material desses personagens heróicos, dignos de louvor. E o que distingue esses grandes homens uns dos outro é o método ou a maneira que adotam para livrar as pessoas das dificuldades. Quando Punjab estava pegando fogo por causa do descontentamento dos militantes sikhs, Acharya Tulsi convenceu o ex-primeiro ministro, na época, Rajiv Gandhi e o líder religioso sikh Hacharan Singh Longowal* para fazerem um acordo. Seus esforços foram bem sucedidos e o Rajiv-Longowal Accord** foi assinado. Esse acordo trouxe paz para esse estado altamente perturbado por agitações e motins.

* Harcharan Singh Longowal (02 de janeiro de 1932 - 20 de agosto de 1985) foi o presidente do Akali Dal (movimento que reivindicava direitos para os sikhs) durante a insurgência Punjab na década de 1980 (séc. XX).

** Rajiv-Longowal Accord, também conhecido como Punjab Accord (Acordo de Punjab) foi um acordo assinado por Rajiv Gandhi e Harcharan Singh Longowal em 24 de julho de 1985. O governo aceitou as exigências do Akali Dal que por sua vez concordou em acabar com as agitações. O acordo atraiu a oposição de vários líderes ortodoxos sikhs e de líderes do governo. Algumas promessas não puderam ser cumpridas devido a essas divergências, mas os tumultos terminaram. Menos de um mês após a assinatura do acordo de Punjab, Harcharan Singh Longowal foi baleado e morto por militantes sikhs que se opunham ao acordo.

Como Madre Teresa e o Bispo Tutu, Acharya Tulsi dedicou toda a sua vida a causa nobre da paz, da não-violência. Ele inspirou milhões de pessoas a abster-se da discórdia, do ódio, da exploração, da ganância, das drogas nocivas. Na verdade, ele era um humanista e um grande humanitário. Sua missão de espalhar a mensagem da não-violência, da paz e da amizade entre os povos, além de ter sido sublime foi uma necessidade vital naquela hora. Com a humanidade aturdida, ameaçada, com a perspectiva direta da aniquilação nuclear, ele foi um farol e mensageiro do amor. A vida do Acharya Tulsi e seu estilo de trabalho, também, foram únicos. Ele era um líder religioso e um asceta. Usava o manto de uma seita particular - Svetambara Terapanth. É difícil para uma pessoa fora da Índia conceber as limitações e o esforço heróico que se impuseram para que ele tentasse trazer a paz à um mundo dilacerado por conflitos e violências. Ele caminhava descalço e não aceitava refeições que fossem cozinhadas especialmente para ele (essas são regras que os monges jainas tem de seguir). Ele não fazia uso de um ventilador para se refrescar do calor escaldante nem usava roupas de agasalho para proteger seu corpo dos rigores do frio. E para além destes sinais externos de restrição, Acharya Tulsi tinha que lutar contra a tenacidade e o conservadorismo de uma tradição religiosa e enfrentar a sua dura resistência sempre que introduzia uma inovação. A julgar pelas precárias condições em que tinha que trabalhar (mas, ainda assim, conseguiu unificar as forças da não-violência) nós podemos dizer, com certeza, que ele era um líder espiritual muito diferente. Só quem teve a sorte de passar um dia com esse santo inigualável pode perceber o quanto ele estava tentando promover uma transformação psicológica em massa com o instrumento do Anuvrat (votos básicos). Suas assembleias matutinas eram, verdadeiramente, uma reminiscência das celebradas por Mahatma Gandhi. As pessoas de todos os setores da sociedade se reuniam aos milhares para ouvi-lo. Para as vastas multidões a mensagem  do Acharya Tulsi era uma convocação contra o ódio e a violência disseminada em todo o mundo em nome da religião. Sua convicção era que, se o indivíduo se transforma, a sociedade, a nação e o mundo, naturalmente, se transformam. Então, ele conheceu pessoas, grupos de indivíduos comuns e líderes, e persuadiu-os a se comprometerem a aderir a um código básico de moral, isso para o bem de uma causa maior, a sobrevivência humana. A pacificação ou a resolução de conflitos se manifestaram em todos os níveis, ininterruptamente. Ele visitou côlonias harijans*, conheceu "os nossos irmãos" muçulmanos e conversou com as famílias - exortou  a que cada indivíduo fizesse  uma oferenda de todas as suas fraquezas e transgressões no altar do Anuvrat que simboliza a pureza interior e a elevação espiritual.

* harijans (tradução: filhos de Hari / Vishnu ou filhos de Deus ) - é um termo popularizado pelo líder revolucionário indiano Mahatma Gandhi para referir-se aos dalits (considerados, tradicionalmente, "os intocáveis". Harijan ou dalit é pois qualquer pessoa pertencente a uma ampla gama de grupos hindus da  casta mais baixa (shudra) e os indivíduos  que são expulsos de sua casta por violarem as suas regras ou cometerem delitos graves.





Sua Contribuição Para a Sociedade

Acharya Tulsi estabeleceu vários programas de educação. Ele deu início a que as sadhvis (freiras), a quem, tradicionalmente, era negado o benefício da instrução, tivessem acesso ao ensino tanto quanto os monges. Historicamente, este foi um passo radical e a partir daí sadhvis podiam estudar disciplinas tais como metafísica jaina, filosofia, psicologia, estudos comparativos de filosofias orientais e ocidentais, história, literatura, etc. Foi, também, o fundador do Instituto Bharati Jain Vishva*, em Ladnu.


Instituto Bharati Jain Vishva (ou Jain Vishva Bharati University) - é um instituto de ensino e pesquisa, criado em 1991 pelo Acharya Tulsi. Ele foi o primeiro Anushasta (preceptor) do Instituto e Acharya Mahapragya seu sucessor. O Instituto foi reconhecido como projeto de grande envergadura e por isso sobre recomendação do governo da Índia ganhou o status de Universidade.

Devido a sua preocupação com a sobrevivência humana Acharya Tulsi organizou três conferências internacionais de grande sucesso que visavam a paz e a não-violência. Respectivamente em Ladnu (em 1988), Rajsamand  (em 1991) e, novamente,  em Ladnu (em 1995).

A fim de espalhar a sua mensagem de Anuvrat, Tulsi caminhou descalço por toda a Índia, uma vez que os monges jainas não podem usar transporte ou sapatos. Ele andou cerca de cem mil quilômetros através de terrenos acidentados, em estradas poeirentas e trilhas de areia no intuito de alertar e inspirar milhares de pessoas a viver uma vida de paz baseada na ahimsa. Ele promoveu a reconciliação entre várias religiões, iniciando uma série de diálogos inter-religiosos. Ele encorajou seus discípulos a servirem harijans e trabalharem para sua elevação. Devido a isso, uma nova organização chamada Bhartiya Sanskar Nirman Samiti surgiu para proporcionar uma vida melhor a eles. Centenas de harijans e pessoas pertencentes a setores inferiores da sociedade renunciaram a drogas e álcool em resposta ao apelo de Acharya Tulsi para a abstinência total. Para promover a harmonia entre as religiões visitou  igrejas, templos e mesquitas; convidava os representantes dessas religiões para tomarem seu lugar e falarem sobre os princípios de suas tradições religiosas. No curso de suas longas caminhadas e reuniões com as pessoas percebeu que apenas as pregações não produziam os resultados desejados. Ele acrescentou Preksha Meditacão e Jivan Vygian (Ciência da Vida) para sua missão de transformação interior dos indivíduos, principalmente para as gerações mais jovens.


Acharya  Tulsi Renuncia

No dia 18 de fevereiro de 1994, em Sujagarh, uma importante cidade do distrito de Rajasthan foi o local de Maryada Mahotsava (um festival espiritual organizado, anualmente, para avaliar o progresso da observância dos votos de monges, freiras, samans, samanis, devotos, sob os auspicios do Acharya da Ordem Religiosa Jain Terapanth). Milhares de pessoas de todas as partes da Índia, bem como do exterior tinham se reunido no enorme estádio da cidade no período da tarde. Como de hábito nessas ocasiões, Acharya Tulsi faria um discurso. De repente ele deu um novo rumo ao seu assunto e surpreendeu o povo, declarando que estava renunciando ao seu posto de líder em favor de Yuvacharya Mahapragya. Este foi um passo sem precedentes na história da tradição religiosa jaina. Um Acharya pode nomear seu sucessor, porém nunca havia acontecido na tradição jaina Terapanth de um deles abdicar de sua liderança em prol de outrem. Não menos atônito ficou o próprio Yuvacharya Mahapragya. Acharya Tulsi acenou para Yuvacharya Mahapragya a fim de que se levantasse. Este, com as mãos postas num gesto de humildade obedeceu. Acharya Tulsi, então, fez  a afirmação histórica: "De acordo com a nobre tradição Terapanth Dharm Sangh, os Acharyas nomeam  os seus sucessores, no entanto nenhum dos meus antecessores os viu elevados à essas posições durante suas vidas, no entanto eu quero ver isso acontecer. Por isso instrui Yuvacharya Mahapragya para assumir as rédeas da liderança jaina Terapanth. Sinto-me relaxado agora. De hoje em diante serei conhecido, somente, como "Saint Tulsi" (Santo Tulsi) e gostaria de me dedicar ao serviço da humanidade." Foi um ato de renúncia raro. Este evento mostrou a sua coragem e sacrifício extraordinário. Austeridade, estoicismo, renúncia sempre foram marcas incontestáveis da vida de Acharya Tulsi. Ele não tinha residência fixa e estava sempre em marcha; não tinha também, qualquer propriedade ou riqueza. Ele foi uma fonte de sabedoria, erudição e compaixão. Mesmo na idade madura de 83 anos ele vibrava de energia e entusiasmo; todo o seu ser exalava amor e compaixão. Ele colocava a si mesmo (a sua humanidade) acima de tudo; acima de seitas  e hierarquias. Estas sempre foram suas palavras: " Eu sou primeiro um ser humano... e qualquer outra coisa, depois."



Etapa Final da Vida de Acharya Tulsi

Apesar de sua idade avançada e já um tanto débil sua saúde ele decidiu continuar a sua marcha. Um asceta jaina não pode estar parado, deve seguir sempre em frente. Assim, ele anunciou a Chaturmas de 1977 para Gangashahar (Bikaner). Pela primeira vez  após Yuvacharya Mahapragya ter-lhe sucedido, Saint Tulsi decidiu chegar aquela cidade sem ser na companhia de seu sucessor. Eles tomaram diferentes itinerários e seguiram em horários diferentes. Enquanto Acharya Mahapragya deixou Ladnu muito mais cedo e embarcou em sua jornada circular cobrindo tantas aldeias quanto podia, Saint Tulsi optou por ficar para trás em Jain Vishva Bharati por algum tempo para descansar e meditar. Só mais tarde juntou-se com Acharya Mahapragya em uma vila a poucos quilômetros de Bikaner. O espetáculo daquela reunião novamente encheu os corações de centenas de seus devotos com alegria. Foi um momento inesquecível. Ninguém sabia, nem mesmo  Acharya Mahapragya, que era a etapa final da longa jornada espiritual do santo Tulsi. Ele decidiu ficar em retiro por uma quinzena. Passou seu tempo na tranquilidade fazendo sadhana e meditação numa casa situada a pouca distância de Terapanth Bhavan (Casa Terapanth). Entretanto, Acharya Mahapragya e ele passavam alguns minutos juntos todos os dias. Os devotos de Tulsi estavam desejosos para verem o seu guru. O seu retiro chegou ao fim no dia 23 de junho de 1997. Saint Tulsi era uma pessoa dinâmica e alegre. Ele concordou em ir para Terapanth Bhavan onde daria darshan à milhares de devotos que o aguardavam. Ele caminhou até Bhavan e foi recebido calorosamente por Acharya Mahapragya. Tulsi o abraçou afetuosamente. Seu rosto resplandecia de felicidade.  As pessoas viram os dois caminhando juntos, alguns passos, de mãos dadas pela sala. Em seguida, Saint Tulsi entrou em seu quarto, sentou-se na prancha de madeira para relaxar e meditar. Instruiu Acharya Mahapragya e Sadhvi Pramukha Kanakprabha* e outros para irem descansar. Então, veio um devoto que desejava falar com ele e entregar-lhe uma carta. Atendeu-o e, depois, pediu os óculos para poder ler a carta... mas o momento destinado para a partida de sua alma havia chegado. Num instante deixou seu corpo, que tombou um pouco. Foi um fim abrupto de uma vida gloriosa que teve um objetivo. A renúncia do corpo por Saint Tulsi foi tão súbita, inesperada e comovente como foi sua renúncia de seu Acharyaship (liderança da seita jaina Terapanth). O mundo jaina ficou mergulhado em tristeza. A notícia se espalhou como fogo e milhares de pessoas invadiram Bikaner; queriam ver, pela última vez aquele homem santo. Uma grande multidão que incluía devotos, estadistas, homens de todas as castas e camadas sociais, políticos e eminentes líderes jainas se juntaram para uma última marcha em sua homenagem. Seu corpo foi colocado em um vaikunthi especialmente confeccionado para ele e levado para um lugar especial para ser cremado. Durante o crepitar das chamas as pessoas recitavam e cantavam os textos sagrados jainas.

Embora Saint Tulsi não está mais, fisicamente, conosco viverá para sempre através de sua mensagem e sua contribuição para a felicidade humana. Não podemos fazer outra coisa senão agradecer.

MAIS IMAGENS  DE ACHARYA TULSI




















8 comentários:

  1. Olá Hermínia Ramos

    Bom dia

    Tudo bom? As postagens estão muito interessantes e com um conteúdo muito bom, parabéns. Acharya Tulsi foi um grande ser humano e atualmente é uma grande alma e se empenhou muito em prol do Jainismo. Parece que foi um grande escritor também.

    Muita paz,saúde e felicidades e luz

    Luiz

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Luiz, que bom você de volta ao meu blog! Obrigada pela visita. Sim, Acharya Tulsi foi uma figura muito importante para o jainismo, mas, antes de tudo, foi um grande ser humano. Uma das tarefas mais difíceis que existe é conciliar - trazer paz e harmonia entre duas partes em confronto. Acharya Tulsi foi um conciliador e realizou isso com inquestionável nobreza. É um ser que nos serve de inspiração para elevarmos nossa alma. O mundo jaina tem muitas figuras luminosas. Aos pouquinhos escreverei sobre elas em meu blog.
      Agora, Luiz, uma curiosidade que tenho... deixe-me perguntar...Qual a sua religião? ou não tem nenhuma?

      Paz e sabedoria para todos nós.

      Excluir
  2. Olá Hermínia Ramos

    Boa noite!!

    Novamente parabéns pelo empenho e dedicação neste blog tão legal, parabéns mesmo!! Não tenho religião mas acredito na realidade espiritual. O Jainismo me chamou à atenção principalmente na questão de crer em um Universo Eterno com uma percepção espiritual do mesmo e não só materialista. Tem um outro site interessante que é o Institute of Jainology ,conhece?

    Muitas, muitas, muitas felicidades paz e saúde pra você!!!

    Luiz

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Luiz, tudo bem contigo? Já conhecia sim o site que me indicou. Já colhi algum material dele para elaborar o meu blog. Você afirmou que não tem religião. De certa forma, isso não é importante. Eu tenho porque amo o jainismo. Eu adoro o universo jaina, os Tirthankaras, os mestres espirituais, todos os seu princípios e doutrina. Mas o que importa mesmo, para todos nós seres humanos, é expandirmos nossa consciência, evoluirmos. E para isso devemos buscar sempre o conhecimento e a sabedoria. Um beijo santo para você e muita luz.

      Excluir
  3. Olá Hermínia Ramos

    Boa tarde

    Mais uma vez parabéns pelo site. Tem um outro livro em português que é "Jainismo - A mais Antiga Religião Viva" e se não me engano é português de Portugal. A Cosmologia Jainista é interessantíssima.

    Muita luz,saúde e paz

    Luiz

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Luiz, desculpe a demora em lhe responder. Mais uma vez gratidão pela dica do livro. Não conhecia. E gratidão por mais uma vez estar presente aqui neste cantinho virtual. Tenho algum material para postar aqui, mas tenho ainda que redigi-lo, pois as traduções ao pé da letra ficam muito complicadas. Luiz, vc tem Facebook? Se tiver me adiciona lá. O endereço do meu Face é:

      https://www.facebook.com/herminia.ramos.35

      Um beijo santo e sabedoria sempre.

      Excluir
  4. Olá Hermínia Ramos

    Boa noite

    Como vai?tudo bem? Não se preocupe com a demora em responder.Seu empenho e dedicação são louvavéis mais um vez parabéns. A Filosofia Jainista , pelo menos eu entendi assim, tem algo que só o Jainismo tem como Anekantavada, muhapati, entendimento do karma, Universo eterno sendo diferente de um Universo ciclico enfim isso reflete uma profundidade na compreensão da vida com um todo.Ah, Eu não tenho facebook.

    Um grande abraço e muita felicidades,paz e saúde!!!

    Luiz

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Luiz, mais uma vez demorei em responder. Tenho andado bastante ocupada e nem sequer tenho tido possibilidade de colocar novos posts em meus blogs. Quando lhe perguntei se vc tinha Facebook era para indicar-lhe alguns muito interessantes. Talvez vc pudesse gostar deles tanto quanto eu. Geralmente, as pessoas que não têm Facebook, pensam que essa página de rede social é só para publicar assuntos pessoais ou bobagens. Mas isso não é verdade. Há Facebooks com assuntos didáticos, filosóficos, esotéricos muito bons. Bem, já que vc não têm Facebook, se quiser e puder escrever-me o meu e-mail é: jainalove6@gmail.com Desejaria falar à vc sobre um assunto que tenho recomendado a todos os meus amigos - é sobre Códigos Grabovoi. Já ouviu falar? Um abraço fraterno e sabedoria sempre.

      Excluir