domingo, 17 de maio de 2015

AHIMSA NÃO É UMA RELIGIÃO IV


COMO O VEGETARIANISMO PODE BENEFICIAR A MENTE E AS EMOÇÕES

Escrito por Gurudev Shree Chitrabhanuji



Gurudev Shree Chitrabhanuji


Uma alimentação adequada nutre e da saúde não só ao nosso corpo físico, mas, de igual modo, favorece o nosso lado mental, emocional e espiritual. "Tudo o que comemos fica impregnado em nossas células, incluindo, as células cerebrais.  Se o corpo é sustentado por carne que conserva as vibrações de medo e terror vivido no momento do abate do animal, como se pode ter um sensação serena e clara, como se pode ter paz de espírito? Como podemos desenvolver um coração compassivo, a solidariedade, se somos indiferentes ao derramamento de sangue?"

Não que aqueles que aderem ao vegetarianismo, automaticamente, tornam-se pacíficos; o vegetarianismo complementa os esforços para livrar o pensamento e a ação da prepotência e do desamor. Consideremos que, muita pessoas só em imaginar o olhar de uma vaca mãe sendo arrastada para longe se seu bebê já sentem seu coração apertado e em frangalhos; para elas seria impossível imaginar essa cena sem pensar, também, num ente querido que pudesse ser sequestrado, violado ou morto. É conhecido, historicamente, que sobreviventes de campos de concentração não podiam deixar de lembrar as torturas que sofreram quando viam a exploração animal.









Ao escolhermos alimentos que implicam no menor dano possível aos animais, revertemos o processo de dessensibilização que entorpece os sentimentos. Saber que, de alguma maneira, estamos contribuindo para que dezenas de animais sejam poupados, nos faz sentir serenizados e felizes. E saber que, também, estamos evitando tanto sofrimento desnecessário nos libera de culpas subconscientes. Aqueles que doam sua proteção aos animais, são eles mesmos que recebem bençãos e forças continuamente.




Em última análise, o que permanece conosco é a qualidade da nossa consciência.  O que é que nos permitirá fechar os olhos no momento derradeiro com um sorriso de paz e êxtase interior? Não é um tipo especial de conhecimento, um profundo contentamento interno com a própria vida? Precisamos explorar esta questão com nós mesmos. Do ponto de vista jaina, o contentamento só pode florescer em plenitude quando, ao longo de nossa vidas, fazemos o nosso melhor vivendo em inocuidade, em inofensividade, sem sermos cruéis  ou insensíveis com qualquer ser vivo.  Enfim, honrando a nossa interligação com todos.






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