Há mais de dois mil e quinhentos anos atrás, Mahavira fez uma declaração simples, mas profunda com base na compreensão e absorção da não violência na tessitura da sua consciência. Ele teve a percepção de que "Todos os seres vivos são como eu. Eu quero viver. Então, todas as almas, todos os seres vivos, também, querem viver. O instinto de autopreservação é universal. Todos os seres animados se aferram a vida e temem a morte. Cada um de nós quer estar livre da dor. Uma vez assim, devo realizar todas as minhas atividades com muito cuidado para não prejudicar a qualquer ser vivente."
A filosofia da não-violência é uma prática de vida. Mais do que isso - abster-se da violência, é uma profunda Reverência pela Vida. Essa reverência tem inicio quando cultivamos um genuíno respeito pela nossa própria vida, em termos de existência, e para cada um dos elementos que a compõe - corpo, mente e emoções. Nós sabemos que nossa ânsia de vida, nossa força de vida é preciosa e que estamos aqui para respeitar e revelar a sua sabedoria inata. É um processo de cuidar; cuidar tanto de nosso ser interior, quanto do nosso envelope material - nosso corpo físico. Como uma mãe que alimenta seu filho para que cresça e se desenvolva, é nosso dever fazermos o que é saudável e útil para o nosso crescimento espiritual.
A verdade é que, não estamos acostumados a tratar a nós mesmos com mansidão e amor. Tratarmos a nós mesmos com mansidão e amor exige uma decisão consciente. A prática da Reverência pela Vida começa com a decisão de não tomarmos qualquer postura prejudicial contra o nosso corpo e mente. Isso é chamado de "samvara", que quer dizer paralisação; devemos, pois, interromper os hábitos que criam dor e reavaliar a vida que estamos levando.
Os aspectos automáticos e mecânicos cessam de nos governar quando ativamos nossa faculdade de observação e investigação. Levamos tempo para notar a lei de causa e efeito e a forma que esta lei funciona como um mecanismo preciso em nossas vidas. Há uma conexão real entre a vibração que nós enviamos e a dor ou prazer que recebemos de volta. Quando irradiamos bondade, amor, alegria, cordialidade, tudo isso volta para nós. Da mesma maneira, pensamentos violentos são tão reais quanto o mundo tangível; e, de igual modo, eles voltam para nós. Quando a raiva, o ciúme ou as ambições doentias nos acicatam, a quem ferem e magoam primeiro é ao nosso próprio eu. Isso é, igualmente, verdadeiro quando, também usamos uma linguagem grosseira, insultuosa ou fazemos uma crítica negativa; funciona como um palito de fósforo; mas, antes que queime a quem você ofendeu, queima primeiro a sua própria boca.
Através da prática do auto-respeito, reconhecemos que nossa paz é a coisa mais preciosa do mundo. Antes de odiar, de julgar ou tratar alguém como um inferior, olhemos para nós mesmos. Antes de comprar ou usar qualquer produto, perguntemos: "Por esta ação estarei promovendo a que um outro ser pague o preço de sua dor? Direta ou indiretamente, serei eu a causa de uma vida que se perde?
Façamos, pois, valer a ajuda da meditação para conhecer e recordar quem somos na realidade. Em nosso estado natural, nossa alma não é nada além de amor, energia, paz, felicidade e bem-aventurança. Meditemos e, pouco a pouco, iremos adejar à um pico de realização e alegria, exclamando: "Eu sou a vida! Sou consciente da energia vital! Conscientemente, sinto que minha força de vida se move em todos os meus membros e despertam todas as minhas células!"
Os aspectos automáticos e mecânicos cessam de nos governar quando ativamos nossa faculdade de observação e investigação. Levamos tempo para notar a lei de causa e efeito e a forma que esta lei funciona como um mecanismo preciso em nossas vidas. Há uma conexão real entre a vibração que nós enviamos e a dor ou prazer que recebemos de volta. Quando irradiamos bondade, amor, alegria, cordialidade, tudo isso volta para nós. Da mesma maneira, pensamentos violentos são tão reais quanto o mundo tangível; e, de igual modo, eles voltam para nós. Quando a raiva, o ciúme ou as ambições doentias nos acicatam, a quem ferem e magoam primeiro é ao nosso próprio eu. Isso é, igualmente, verdadeiro quando, também usamos uma linguagem grosseira, insultuosa ou fazemos uma crítica negativa; funciona como um palito de fósforo; mas, antes que queime a quem você ofendeu, queima primeiro a sua própria boca.
Através da prática do auto-respeito, reconhecemos que nossa paz é a coisa mais preciosa do mundo. Antes de odiar, de julgar ou tratar alguém como um inferior, olhemos para nós mesmos. Antes de comprar ou usar qualquer produto, perguntemos: "Por esta ação estarei promovendo a que um outro ser pague o preço de sua dor? Direta ou indiretamente, serei eu a causa de uma vida que se perde?
Façamos, pois, valer a ajuda da meditação para conhecer e recordar quem somos na realidade. Em nosso estado natural, nossa alma não é nada além de amor, energia, paz, felicidade e bem-aventurança. Meditemos e, pouco a pouco, iremos adejar à um pico de realização e alegria, exclamando: "Eu sou a vida! Sou consciente da energia vital! Conscientemente, sinto que minha força de vida se move em todos os meus membros e despertam todas as minhas células!"
Gurudev Shree Chitrabhanuji
No coração da experiência de auto- respeito, percebemos que a mesma energia que está pulsando em nós, também, está vibrando em todos os seres vivos. Quando desperta essa nova consciência vemos tudo com novos olhos. Sentimos uma conexão ininterrupta do nosso ser mais íntimo com a força de vida de cada alma que existe.
Esta experiência nos permite reconhecer "que o universo não existe somente para o homem. É um campo de evolução para todas as formas de vida. O jainismo ensina que a vida é vida; e essa vida tem a mesma virtude sagrada, não só para as pessoas de todas os povos, raças e crenças, mas para todas as outras criaturas, como, por exemplo, um minúsculo verme ou uma formiga. A consciência existe em tudo o que vive, independentemente, do tamanho e de sua forma. Embora diferentes formas não são as mesmas na capacidade mental e aparato sensorial, a força vital é igualmente digna em todos".
A partir do momento que essa conscientização passa a fazer parte de nossa rotina, constatamos que traços e hábitos que costumavam nos limitar caem por si, naturalmente. Nós, por exemplo, não traremos a dor ou a doença para dentro de nossos corpos devido a hábitos alimentares nocivos. O modo de vida vegetariano torna-se um resultado natural do nosso discernimento.
Ainda com relação a experiência de auto-respeito, torna-se imperativo para o nosso bem-estar e contínua evolução, nos desembaraçarmos de todas as vibrações dolorosas que ainda possamos estar carregando em nossa mente. Devemos perdoar ou esquecer todas elas. Com coragem e compaixão, com certeza, podemos removê-los; é um processo gradual. Se percebermos que as mágoas e as cicatrizes do passado vêm até nós por nosso próprio convite, nós, imediatamente, podemos brecar isso - basta desconcentrarmos nossa mente para outro assunto que não seja pensamentos de culpa, autocomiseração ou vingança. Quando assumimos nossa responsabilidade por nossa própria dor, podemos transcendê-la. Podemos compreender o seu propósito que é quebrar a casca dura de nosso coração e atuar como adubo para que a flor terna da bondade e compaixão floresçam.
Dessa forma as provações da vida se convertem em combustível para o nosso crescimento e chegamos mais perto de nosso objetivo que é autorrealização. Como um instrumento ajustado a chave certa, nós nos sintonizamos com a Reverência pela Vida. Ao fazer tudo que podemos para minimizar a violência e a dor para com qualquer forma de vida desfrutaremos de uma consciência limpa e e um coração iluminado.
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